A crise político porque estão passando diversos países do Magrebe – norte de África, com as respectivas populações aspirando, através de manifestações pacíficas, em aceder a regimes democráticos e de plena afirmação de cidadania, poderá influenciar de forma incontroversa a procura dos Açores como alternativa turística, para os europeus nórdicos e do centro da Europa…
E esta?
Não sei se foi esta a afirmação textual, mas terá sido algo semelhante, a que proferiu o meu amigo Dr. Luís Patrão, Presidente do Instituto de Turismo de Portugal, na inauguração da edição deste ano da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, e tal desiderato levou-me a inserir, no meu roteiro lisboeta, de fim de semana, uma passagem por aquele certame de âmbito internacional.
Claro que não esperava, nem me preocupei em fazer um plano de visita, e por isso fui calcorreando ao acaso os diversos pavilhões (julgo que quatro) que iam publicitando as maravilhas turísticas, culturais e sociais de mais de 87 países, como Cuba, Roménia, Croácia e Colômbia, todos os países de língua lusófona da CPLP, além das mais dispares regiões do nosso país, como Trancoso, Oeiras, Manteigas, Madeira, Peniche, Óbidos, Douro e sei lá mais quantas.
Os Açores voltaram a primar por uma presença bem marcante e de excelente pormenor organizativo, assim visto por um visitante minimamente atento.
Recomendo-vos, caros leitores, uma visita ao sítio: www.visitazores.com é excelente e dá uma excelente panorâmica das nossas ilhas, bem como as brochuras das associações do sector: Tryangle Association Azores ou Associação Regional de Turismo.
Depois deambulámos quase ao acaso e deparámo-nos com a presença forte da nossa ilha, através de diversas instituições e individualidades que, nessa tarde de sábado com os pavilhões a abarrotar de visitantes, quiseram com a sua presença emprestar uma dignidade que não vi noutras representações insulares. E ao contrário do que escrevi sobre este mesmo tema neste espaço, em 29 de Janeiro de 2007 e cito: “Era fim de feira. Talvez por isso, o que até é natural, não vimos nenhum responsável político da nossa ilha.”
Agora tal não aconteceu e o Pico marcou e as fotos falam por si…
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